Distribuição espacial e profundidade efetiva das raízes de camu-camu com e sem cobertura vegetal morta
DOI:
https://doi.org/10.17268/sci.agropecu.2023.042Palabras clave:
Myrciaria dubia, volume de raízes, análise não destrutiva, irrigação, umidade do soloResumen
Em América do Sul o camu-camu vêm sendo domesticado, no entanto, para seu cultivo ainda são poucas as informações técnicas para garantir sua adaptabilidade e produtividade em locais com estação seca bem definida. O objetivo neste estudo foi caracterizar a distribuição espacial do sistema radicular e determinar a profundidade efetiva (PE) das raízes em plantas de camu-camu com e sem cobertura vegetal morta (CVM) em condições de terra firme. Num pomar foram escolhidas ao acaso 3 plantas com 3, 5 e 7 anos, cada. Logo foi colocada CVM composta de capim (Trachypogon plumosus) em uma planta de cada idade na projeção da copa. Após 12 meses o volume e PE das raízes nas plantas de 3 anos com CVM foi de 200 mm3 e 0,3 m, e sem CVM foi de 500 mm3 e 0,48 m, respectivamente. Nas plantas com 5 anos foi de 4000 mm3 e 0,43 m com CVM, e sem CVM foi de 6000 mm3 e 0,64 m; e nas plantas com 7 anos o volume e PE das raízes com CVM foram de 12000 mm3 e 0,58 m, e sem CVM de 10000 mm3 e 0,71 m, respectivamente. A profundidade efetiva equivalente ao 80% da concentração das raízes foi menor com o uso de cobertura vegetal morta, o que é muito importante para a cultura do camu-camu, pois permite aplicar uma lâmina de água mais precisa e eficiente por meio da irrigação.
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